Blog Boviplan

Modelo de bebedouro desenvolvido pela Boviplan tem menor custo de manutenção.

A equipe da Boviplan Consultoria, de Piracicaba, SP, desenvolveu um modelo de bebedouro que promete, acima de tudo, longevidade. Confeccionado em concreto e emoldurado por uma estrutura metálica para impedir a entrada de animais, a instalação chama a atenção por sua robustez. Foi desenvolvido em uma fazenda da Bolívia, assistida pela consultoria, mas se adequa bem à realidade brasileira. “Esse tipo de bebedouro atende todas as categorias animais e diferentes tamanhos de pastagens. O importante é dimensionar sua capacidade à quantidade de animais do lote” afirma o consultor André Aguiar, entusiasta do modelo.

Estrutura metálica impede entrada de animais na instalação.

Para Aguiar, a principal vantagem da instalação está na resistência, que lhe garante maior vida útil e reduz gastos com manutenção. “Bebedouros feitos de chapa metálica enferrujam depois de alguns anos e começam a apresentar problemas de vazamento. Além disso, com o tempo as chapas costumam entortar”, diz. Segundo o consultor, não é raro encontrar nas fazendas bebedouros metálicos com fileiras de tijolos a circundar as bordas internas de modo a corrigir vazamentos. “Vira praticamente um bebedouro misto”, brinca. Outro ponto a favor do modelo feito de concreto é o fato de que os materiais para sua confecção – areia, cimento, tijolos ou blocos – são facilmente encontrados em qualquer região do Brasil.

De formato quadrangular, o bebedouro conta com duas proteções metálicas que lembram corrimãos. Suspensas por canos verticais, que se curvam para o interior da instalação e têm os “pés” fixados no piso de concreto do lado de fora, de modo a impedir a corrosão pelo contato direto com a água, as barras horizontais percorrem todo o perímetro da instalação em sentido paralelo. A primeira está a 50 cm da borda do bebedouro, facilitando a acesso à água. A segunda, por sua vez, fica à 25 cm em relação à primeira, criando uma barreira física que impede os animais de entrar na instalação. “Conseguimos reduzir drasticamente esse problema”, conta Aguiar. Diferentemente do que se costuma observar na maior parte dos bebedouros de concreto, a boia não é colocada rente à borda, mas a 1 m de distância. “É para não ocupar espaço, deixando essa área livre para os animais beberem água”, justifica.

A medida, no entanto, requer um cuidado. A boia é colocada dentro de uma caixa de concreto com tampa dupla. Quando for preciso fazer manutenção, basta o funcionário pisar na primeira para apoiar-se e remover com as mãos a segunda tampa, dotada de dois ganchos de ferro para facilitar a operação. Há dois registros, com funções distintas, localizados fora da instalação, rente ao solo. Um deles é responsável pela entrada de água. “Quando for preciso fazer algum tipo de manutenção, basta fechar o registro”. O segundo é para esvaziamento. Como na região da Bolívia onde o bebedouro foi desenvolvido chove relativamente pouco, o consultor não se preocupou em afastar esse registro da instalação. “Em locais onde chove mais, basta utilizar um cano mais longo para colocar o registro, evitando assim problemas de formação de lama ao redor”.